Na última semana, a fronteira ganhou mais um reforço militar para vigiar a entrada de produtos proibidos em território brasileiro. Além da Operação Fronteira Blindada que mantém um posto de fiscalização na praça de pedágio em São Miguel do Iguaçu desde Maio de 2015, a Operação Ágata teve as suas atividades iniciadas no dia 22 de Julho e não tem previsão para terminar. A Operação Ágata tem o objetivo de combater os crimes transfronteiriços, como contrabando, e tráfico em geral (drogas, armas, munição e também crimes ambientais, como tráfico de animais). A realização é formada pelas três forças armadas – exército, marinha e aeronáutica – e tem o apoio da Polícia Federal, o Batalhão de Fronteira, entidades estaduais e instituições como a Anvisa, Anac, Ibama, entre outras.
Esta é a Operação Ágata #9, ou seja, é o 9º ano que ela é realizada. Normalmente, o patrulhamento é reforçado em toda a região de fronteira do país. Mas dessa vez, o trabalho está sendo feito somente no território que faz divisa com o Paraguai e a Bolívia. Quem não fica muito feliz com essa vigilância reforçada são os lojistas de Ciudad del Este e Pedro Juan Caballero. É que as operações assustam os compristas que temem a apreensão de suas mercadorias, o que pode diminuir ainda mais as vendas nessas cidades. Desde o início da operação, em Foz do Iguaçu, militares, policiais e funcionários da receita federal permanecem na aduana brasileira parando automóveis e verificando as mercadorias trazidas da cidade vizinha. A Operação também tem o apoio da Marinha – são 14 embarcações e um helicóptero para auxiliar e agilizar a ação dos militares.
Os comerciantes têm mais um motivo de preocupação. O dólar que já estava alto atingiu um novo recorde. O valor mais alto tinha sido atingido no mês de março. Mas agora, tem agência no Brasil vendendo dólar a um preço superior a R$3,70. Resta aguardar e conferir que estratégias os lojistas em Ciudad del Este usarão para impedir que o movimento morra.